A missa de início do pontificado do papa Leão XIV é realizada neste domingo (18), a partir das 5h (horário de Brasília).
Segundo a Arquidiocese de São Paulo, o evento não pode ser considerado uma “missa de posse”, dado que o papa não “toma posse” do ofício – ele inicia o pontificado imediatamente no momento que aceita ser pontífice logo que é eleito no conclave.
A seguir, conheça os principais ritos que serão realizados para marcar o início do ministério de Leão XIV.
Celebração Eucarística
A Celebração Eucarística é o primeiro rito da cerimônia – na qual o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) estará presente –, com o qual Leão inicia oficialmente seu pontificado. Nela, é ressaltada a importância das insígnias episcopais: o Pálio e o Anel.
Conforme a tradição cristã, o momento reforça o vínculo do novo papa com Cristo e com a Igreja, além de evocar a missão que lhe foi confiada pelo Senhor ressuscitado.
O rito acontece na Basílica de São Pedro e na praça em frente. A parada na Confissão Apostólica da Basílica sublinha o estreito vínculo do Bispo de Roma com o Apóstolo Pedro e seu martírio, no mesmo local onde ele confessou com o sangue sua fé, junto a outros cristãos.
Ritos de introdução
O novo papa desce, juntamente com os Patriarcas das Igrejas Orientais, ao Sepulcro de São Pedro e ali permanece em oração. Em seguida, incensa o Troféu Apostólico.
Enquanto isso, dois diáconos levam o Pálio pastoral, o Anel do Pescador e o Livro dos Evangelhos em procissão, para depositá-los sobre o Altar da celebração.
Com uma história que remonta pelo menos ao século 13, o Anel do Pescador está entre os itens mais reconhecíveis das insígnias papais. Nomeado em homenagem a São Pedro, que era pescador e, segundo a tradição católica, o primeiro papa, o acessório foi usado por Papa Francisco em eventos cerimoniais durante seus 12 anos de reinado.
A procissão inicial, após a parada na Confissão de São Pedro, dirige-se ao Altar, sob cânticos. Em seguida, realiza-se o rito de bênção e aspersão com a água benta, seguido pelo Canto de Glória e pela oração da coleta.
Imposição do Pálio e entrega do Anel
Após os ritos de introdução e a proclamação do Evangelho, em latim e grego, três Cardeais aproximam-se do Santo Padre para lhe impor o Pálio e entregar o Anel do Pescador.
O Pálio é uma antiga insígnia episcopal confeccionada com lã de cordeiros, ilustrado por vários testemunhos dos Padres da Igreja. Na sua forma atual, é uma estreita faixa de lã branca que repousa sobre os ombros, por cima da casula, com duas extremidades negras pendentes na frente e nas costas, de forma que a vestimenta lembre a letra “Y”. Ele é decorado com seis cruzes pretas de seda: uma em cada ponta que desce sobre o peito e as costas, e quatro no anel que se apoia nos ombros.
É adornado também na parte dianteira e traseira, com três alfinetes (acícula), que representam os três cravos da cruz de Cristo.
A entrega do Anel do Pescador – possui um significado de selo, anel-sigilo, que autentica de forma radical a fé, missão confiada a Pedro de confirmar seus irmãos – conclui-se com a invocação ao Espírito Santo, para que Deus enriqueça o novo papa com fortaleza e mansidão.
Após o rito das entregas, o Santo Padre abençoa a assembleia com o Livro dos Evangelhos. Depois, é realizado o rito simbólico da “obediência”, prestada ao papa por doze representantes de todas as categorias do povo de Deus, vindos de diversas partes do mundo.
A celebração prossegue com a homilia do Santo Padre e a profissão de fé.
Na oração universal, suplica-se ao Senhor pela Igreja espalhada por toda a terra, pelo papa que inicia seu ministério, pelos que exercem responsabilidades de governo, por todos os que se encontram no sofrimento e na dificuldade, e pela própria assembleia reunida.
Por fim, são realizados os ritos de conclusão que encerram a missa.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
