Ocorre na capital da Argentina, Buenos Aires, nesta quarta-feira (12), um protesto de grande porte contra a repressão violenta da polícia a aposentados, amplamente repercutida nas manifestações semanais da classe contra o governo do presidente argentino, Javier Milei.
Segundo informações da TN, emissora afiliada da CNN, há pelo menos oito detidos até o momento.
Dois deles são um casal: o homem tinha uma mochila com pedras e a mulher as atirou.
Outros dois, que foram presos, são dois homens que estavam usando mastros de bandeira para atingir agentes da polícia, de acordo com fontes que falaram com a TN.
Ainda segundo a emissora, bombas de efeito moral e balas de borracha estão sendo atiradas pelas forças de segurança. A Polícia Federal também usou dois caminhões-tanque para atirar água contra os manifestantes, que atiram pedras de volta.
São ouvidas, ainda, detonações nos arredores da praça do Congresso.
No protesto desta quarta, torcidas de diversos times de futebol do país se juntaram aos manifestantes – que pedem melhores condições de aposentadorias –, incluindo grandes clubes como Boca Juniors, River Plate, Independiente, Racing, San Lorenzo, Vélez Sarsfield e outros.
“Não à repressão contra os avós”, “chega de bater nos nossos velhos”, “não se metam com nossos velhos” e “apoiemos os aposentados” são algumas das frases usadas nas convocações a torcedores.
Parte dos idosos que protestam por melhores condições de renda ganham a aposentadoria mínima, de 279 mil pesos, cerca de R$ 1.300, com um bônus de reforço de 70 mil pesos (R$ 338). Para não ficar abaixo da linha de pobreza na Argentina, de acordo com Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país (Indec), um adulto precisa de 334 mil pesos, ou o equivalente a R$ 1.600.
Em atualização.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br