O novo relatório da Polícia Federal (PF) que complementará a investigação sobre a trama golpista no Brasil depende de um elemento fundamental de investigação: a análise em todo o material apreendido durante as buscas feitas em 14 de dezembro do ano passado, dia em que a PF prendeu o general Walter Braga Netto e apreendeu vasto material contra seu assessor, coronel Flávio Peregrino.
Após quase dois meses, a análise continua por conta da quantidade de itens apreendidos na casa de Peregrino. Foram apreendidos quatro notebooks, dois celulares iPhone, dois HDs externos e 36 pen drives, segundo apurou a CNN.
Um dos computadores, de acordo com agentes que acompanharam a operação, estava guardado em uma gaveta de roupa.
Apesar de haver uma previsão de o relatório ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro, investigadores disseram à CNN que não há prazo, que a análise corre o tempo que for necessário.
Parte do material está sendo periciada no Instituto Nacional de Criminalística (INC) e a outra parte, da análise, na sede da PF, em Brasília.
Após a análise de todos os itens e dos depoimentos, a PF definirá sobre a conclusão e enviará ao STF.
Esse relatório paralelo ao do golpe de Estado investiga Braga Netto e Peregrino por suposta obstrução de Justiça. O general já foi indiciado no ano passado no caso.
A reportagem não localizou a defesa do coronel Peregrino. No fim do ano passado, a defesa do general Braga Netto pediu para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, reconsiderar a prisão do militar. Os advogados pedem uma alternativa e justificam que o ex-ministro não tem histórico de desobediência.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br