spot_img

PGR não descarta mais denúncias de investigados da PF

Mais notícias

A manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), liderada por Paulo Gonet, não descarta novos indiciamentos “a depender dos novos elementos de convicção produzidos ao longo da instrução processual”.

A Polícia Federal (PF) ainda trabalha na perícia dos celulares apreendidos com o general da reserva Walter Braga Netto, preso em dezembro de 2024, e dos equipamentos eletrônicos apreendidos com o coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto.

No documento enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal e relator, Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República elogia o relatório de 884 páginas feito pela PF.

“Aproveito o ensejo para externar o reconhecimento do excepcional trabalho de investigação realizado pela Polícia Federal. Em lances argutos e por meios eficazes, a Polícia Federal celeremente conseguiu desvendar fatos que surpreendem e abismam, com notável percuciência técnica e inteligência investigativa. O extenso relatório produzido é de louvável minúcia; nele há exata indicação de fontes, provas e indícios altiloquentes; nessas evidências baseia-se também a denúncia”, afirma o procurador.

Gonet não cita os inquéritos do caso das joias e da vacina. Isso reforça que novas denúncias podem ser feitas a partir dessas investigações.

Entre os 40 indicados pela PF, 10 não foram denunciados neste momento pela PGR, quatro foram incluídos como denunciados e não apareciam no relatório dos investigadores. São eles:

– Valdemar Costa Neto, presidente do PL, sequer é citado na denúncia de Paulo Gonet

– Tércio Arnaud Tomaz foi assessor especial de Jair Bolsonaro nos primeiros anos da gestão. Ele também administrou as redes sociais de Bolsonaro na eleição de 2018. Antes, trabalhou no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro, no cargo de auxiliar de gabinete.

De acordo com a manifestação de Gonet, “as condutas de Tércio Arnaud Tomaz serão analisadas em autos apartados”.

– Aparecido Andrade Portela é amigo próximo de Jair Bolsonaro, desde o período em que ambos serviram na cidade de Nioaque (MS), na década de 70. De acordo com os registros de entrada e saída de pessoas no Palácio da Alvorada, o investigado tenente Portela realizou ao menos 13 visitas no mês de dezembro de 2022 ao então presidente Bolsonaro.

Sobre o militar, Gonet aponta que “a participação de Aparecido Andrade Portela na organização criminosa será objeto de diligências complementares”.

– Laércio Vergílio, coronel reformado do Exército, com posto de general-de-brigada. Foi um dos alvos da operação “Tempus Veritatis”, da Polícia Federal.

Gonet aponta que a participação de Laércio Vergílio será analisada em “processo apartado”.

• José Eduardo de Oliveira e Silva é padre da igreja católica. O sacerdote foi alvo de mandado de busca e apreensão pela PF em 8 de fevereiro de 2024. O religioso, segundo as investigações, teria participado de uma das reuniões sobre o plano golpista no Palácio do Planalto.

​O padre não foi citado por Gonet.

– Fernando Cerimedo, o argentino, é responsável pela expansão da direita na América Latina. O empresário se tornou conhecido no Brasil em novembro de 2022, por causa da transmissão ao vivo em que anunciou a existência de um dossiê com supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Atuou como estrategista digital do atual presidente da Argentina, Javier Milei.

Sobre Cerimedo, Gonet apontou que, “apesar da comprovada divulgação de conteúdos infundados por Fernando Cerimedo, as investigações não esclareceram se este funcionou como vetor de propagação, em busca de engajamento virtual, ou se tinha domínio sobre o projeto doloso da organização criminosa”.

– Amauri Feres, advogado citado no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro como um dos coautores da minuta golpista apresentada a Bolsonaro no final de 2022.

O advogado não é citado na manifestação da PGR.

* Alexandre Castilho Bittencourt é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e comandou o 6° Batalhão de Polícia do Exército até fevereiro de 2022. O coronel da ativa foi um dos militares que assinou a carta que pressionava o comandante da Força em 2022 a realizar um golpe de Estado.

O militar não aparece na manifestação.

– Anderson Lima de Moura, bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e coronel da ativa. Assim como Alexandre Castilho Bittencourt, também foi um dos autores da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, que pedia por um golpe de Estado.

O militar é citado por Gonet em conversas com Mauro Cid, mas não há especificações sobre a atuação, possíveis diligências e análises sobre Moura.

– Carlos Giovani Delevati Pasini, coronel da reserva. Também foi um dos militares responsáveis pela carta enviada ao comandante do Exército no fim de 2022, que pedia por um golpe de Estado.

Não é citado por Gonet.

ENTRARAM:

  • Fernando de Sousa Oliveira – delegado da Polícia Federal
  • Márcio Nunes de Resende Júnior – coronel do Exército
  • Marília Alencar – ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública na gestão de Anderson Torres
  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Marília
céu pouco nublado
22.7 ° C
22.7 °
22.7 °
81 %
1.8kmh
16 %
sex
31 °
sáb
28 °
dom
28 °
seg
30 °
ter
19 °

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Últimas notícias