Uma enorme pintura de Mark Rothko, avaliada em dezenas de milhões de dólares, foi removida de exposição em um museu holandês após ser danificada por uma criança visitante.
Restauradores agora terão que reparar a obra de arte “Grey, Orange on Maroon, No. 8”, após a pintura ter sido “arranhada” por uma criança que visitava a galeria de Roterdã onde estava em exibição.
A pintura abstrata de 1960, que mede 2,29 metros de altura por 2,59 metros de largura, era uma peça central do Museu Boijmans Van Beuningen em Roterdã — embora estivesse temporariamente em exibição no Depot Boijmans Van Beuningen, já que o museu está atualmente fechado para uma renovação de grande escala.
O museu confirmou o incidente em um comunicado enviado à CNN. “A pintura ‘Grey, Orange on Maroon, No. 8’, de Mark Rothko, sofreu danos superficiais após uma criança tocar na pintura quando estava em exposição. Como resultado, pequenos arranhões são visíveis na camada de tinta não envernizada na parte inferior da pintura”, diz a nota.
“Expertise em conservação foi buscada na Holanda e no exterior. Atualmente, estamos pesquisando os próximos passos para o tratamento da pintura. Esperamos que a obra possa ser mostrada novamente no futuro”, acrescentou o texto.
O museu se recusou a dizer quanto vale a pintura ou quanto o reparo pode custar — ou quem deve arcar com a conta. Em resposta a uma pergunta sobre o valor da pintura em seu site, o museu diz que a peça foi comprada na década de 1970 por um valor não divulgado. E completa: “Um avaliador de uma casa de leilões internacional seria envolvido na venda de um artista tão famoso quanto Rothko. O preço é então muito dependente da condição, tamanho, moldura, etc.”
Artista americano nascido na Letônia, Rothko, que morreu em 1970, era mais conhecido por suas pinturas de “campo de cor”. As suas obras regularmente alcançam milhões de dólares em leilões — em novembro de 2023, “Untitled, 1968” foi vendida por US$ 23,9 milhões na Sotheby’s, em Nova York.
Museus e galerias geralmente são ávidos por promover visitas de famílias com crianças pequenas, na esperança de fomentar um interesse precoce pelas artes. Muitos têm programas e oficinas voltadas para jovens visitantes e os incentivam ativamente — mas as crianças podem, é claro, ser imprevisíveis.
“Todos os museus e galerias pensam muito sobre como equilibrar o acesso físico significativo a obras de arte e objetos com segurança”, afirmou à CNN o escritor Maxwell Blowfield, criador da popular newsletter maxwell museums. “Eu diria que a maioria tem o equilíbrio certo, mas acidentes ainda podem acontecer.”
“É impossível prevenir todos os incidentes potenciais, de visitantes de todas as idades”, acrescenta. “Felizmente, coisas assim são muito raras em comparação com os milhões de visitas que acontecem todos os dias.”
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br
