Liderada pelo pentacampeão Ronaldo, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) criou uma força tarefa com objetivo de combater o racismo e a violência no esporte.
A criação do grupo de trabalho foi anunciada nesta quinta-feira (27) por Alejandro Domínguez, presidente da entidade.
“Estamos agindo aqui hoje com responsabilidade e unidade para enfrentar os desafios futuros, superá-los e continuar no caminho do crescimento. Não queremos um debate sobre o passado, mas sim discutir o futuro. Tudo o que for dito aqui é para somar e melhorar o nosso esporte”, declarou o dirigente paraguaio.
Além de Ronaldo, grandes nomes do futebol participaram do encontro, como os ex-jogadores Mauro Silva, Carlitos Tevez, Lugano e Claudio Caniggia. A ex-secretária geral da FIFA, Fatma Samoura, e o presidente da FIFpro, Sergio Marchi, também estão na Task Force.
Entre as medidas anunciadas, estão a criação de uma lista de pessoas proibidas de entrar nos estádios no continente, que incluirá indivíduos envolvidos em atos de racismo e a implementação de novos programas educacionais com o objetivo de promover a conscientização e prevenção do racismo no futebol.
A força tarefa acontece após as polêmicas envolvendo os xingamentos racistas contra jogadores do Palmeiras, a reclamação de times brasileiros sobre a falta de ações da Conmebol e a fala do presidente da entidade que comparou brasileiros a uma macaca.
“Tarzan sem Chita” e o silêncio da CBF
A manifestação chega num momento de crise entre a Conmebol e clubes brasileiros. O caso mais recente foi contra jogadores do Palmeiras Sub-20 na Copa Libertadores em jogo contra o Cerro Porteño. Torcedores xingaram os atletas. O clube paraguaio foi punido com jogos da categoria com portões fechados, obrigatoriedade de publicações em redes sociais com orientações sobre o racismo e uma multa de 50 mil dólares.
O Governo Brasileiro e a CBF cobraram investigações por parte da entidade Sul-Americana.
Durante a cerimônia de sorteio dos grupos da Libertadores e Sul-Americana, Domínguez prometeu ações de combate ao preconceito, porém no mesmo dia, o presidente ao ser questionado sobre uma possível ausência de times do Brasil nas competições do continente, ele disse que seria o mesmo que “Tarzan sem Chita”.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br