A Rússia pode ter suas sanções norte-americanas parcialmente aliviadas, dependendo de sua disposição em negociar o fim da guerra com a Ucrânia, afirmou nesta quinta-feira (20) à Bloomberg Television o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.
Bessent também disse que falará com sua contraparte da China na sexta-feira (21) para pedir que a China reequilibre a sua economia de forma a aumentar as despesas com consumo.
Perguntado se os EUA podem aumentar ou diminuir as sanções contra a Rússia, dependendo do resultados das negociações em torno da guerra da Ucrânia, Bessent afirmou: “Essa seria uma caracterização muito boa”. E acrescentou: “O presidente está comprometido em encerrar esse conflito muito rapidamente”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que pode se encontrar com o presidente da Rùssia, Vladimir Putin, ainda neste mês para debater o fim da guerra.
Na entrevista, Bessent não quis estabelecer prazos para um encontro entre Trump e Putin, mas confirmou que não participará do encontro dos ministros das Finanças e chefes dos Bancos Centrais do G20, que está programado para acontecer na próxima semana na África do Sul, “devido a algumas questões domésticas”.
Durante sua audiência de confirmação no Senado, Bessent afirmou que apoiaria um aumento das sanções contra a energia russa, especialmente as grandes empresas de petróleo, caso Trump pedisse isso a ele.
O chefe do Tesouro criticou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por não assinar um acordo de US$500 bilhões para fornecer minerais críticos para os EUA e por escalar a guerra de palavras com Trump. O presidente dos EUA acusou Zelensky de ser um “ditador”.
Bessent disse que Zelensky “garantiu a mim que assinaria o acordo de minerais em Munique, mas não o fez”. Ele descreveu o acordo sobre a reserva de minerais como parte de um “plano elegante” para trazer a Ucrânia para perto do campo gravitacional norte-americano.
Na quarta-feira, Zelensky rejeitou exigências dos EUA para que a Ucrânia compense Washington pelo auxílio dado na guerra com repasses em minerais, dizendo que os EUA não forneceram nem de perto a soma demandada agora e que não há garantias de segurança no acordo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br