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Sabesp: Lucro e crédito vão garantir plano de investimento de R$ 70 bi

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O CEO da Sabesp, Carlos Piani, afirmou em entrevista exclusiva à CNN que a empresa trabalha com plano de investimento de R$ 70 bilhões, com geração própria de caixa, aumento na alavancagem e no acesso a crédito.

Além disso, Piani não descartou a ideia de vender imóveis da Sabesp para conseguir recursos e acelerar o processo de universalização do saneamento.

A companhia de saneamento foi privatizada em julho durante leilão na sede da B3, a bolsas de valores brasileira, em São Paulo.

Já sob a nova gestão, a empresa divulgou que teve lucro líquido contábil de R$ 1,435 bilhão no quarto trimestre de 2024, alta de 21% ante o mesmo período do ano anterior.

À CNN, Piani também afirmou que os primeiros passos adotados pela gestão foi construir bases sólidas para permitir o crescimento da empresa. Ele também destacou os planos de investimentos e dispensou a necessidade de levantar mais capital para atingir as metas de universalização do saneamento básico.

Confira os principais trechos da entrevista.

Como vão conseguir dinheiro para o plano de investimentos? Vai tomar empréstimo?

Será por meio de duas fontes. A primeira é geração própria de caixa. A companhia é uma forte geradora de caixa. Tivemos um Ebitda acima de R$ 11,3 bilhões, uma conversão de caixa bastante expressiva, quase da ordem de 65% aproximadamente.

Temos que fazer as coisas de uma forma mais eficiente para contribuir com a Capex [despesas de capitais] específico, que é estimado da ordem de R$ 70 bilhões em um período de cinco anos.

Do outro lado, a gente também vai acessar o mercado de crédito. A companhia, relativamente a outras empresas de outra infraestrutura, tem um nível de alavancagem baixo, da ordem de 1,8 vezes o Ebitda.

Então, temos oportunidade de aumentar a alavancagem da companhia para fazer frente. O crescimento da companhia também em volume vai aumentar a geração de caixa própria. Então vai ser uma combinação desses três.

Não vimos a necessidade de levantar mais capital dos acionistas para fazer frente a esse investimento. Essas duas fontes são suficientes para atingirmos o objetivo da universalização até 2029.

Quanto deve ser de recursos gerados pelo próprio caixa e quanto de crédito?

Dado a regulação do setor de saneamento, nesse início vamos precisar, principalmente nos dois primeiros anos, de crédito. Então temos um grande programa de captação, que foi iniciado no último trimestre do ano passado.

Esse ano estamos bastante acelerados porque já captamos aproximadamente 50% da nossa meta do ano, com 20% do ano transcorrido. Porque essas transformações internas levam tempo, não acontece do dia para a noite. Então, esses dois primeiros anos deve ser uma dominância da contribuição do crédito, e depois do terceiro ano em diante, acho que a geração de caixa e tudo que estamos fazendo vai aumentar a proporção do financiamento no investimento que teremos que fazer.

Pinheiros é uma das áreas mais valorizadas de São Paulo, e a Sabesp tem um banco de imóveis de terrenos muito grande e valorizada. Este é um ativo que a companhia analisa para fazer caixa e ajudar no processo de universalização?

Em geral, os imóveis são uma fonte de recursos de empresas privatizadas e podemos falar de vários exemplos. Mas é um processo muito moroso dada a natureza desse ativo. Experiências em outros setores pode levar até 10 anos.

Vamos tentar otimizar e fazer o necessário para cumprir o serviço básico. Se tiver que reduzir nossa presença geográfica, nós o faremos, mas com serenidade e cautela, e no tempo que for possível.

“Nós temos mais de 11 mil imóveis espalhados no estado todo. A intuição diz: nós precisamos de todos eles? Provavelmente não.

Mas a despeito desta intuição, estamos analisando um a um para tomar a decisão correta, com bom senso e no momento devido. Tem uma regra contratual onde isso também traz um benefício para a tarifa.

Essa venda, se for feita com resultado, vai contribuir para a modicidade tarifária, além de trazer recursos para a companhia fazer frente aos investimentos. O próprio regulador e o poder concedente, que é o Estado, ao fazer a privatização tinha consciência disso e fez o arranjo.

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Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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