spot_img

“Tarifaço“ de Trump cria oportunidades para o Brasil? Entenda

spot_img

Mais notícias

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou no sábado (1º) a aplicação de tarifas de importação aos produtos oriundos do Canadá, México e China.

Nesta segunda-feira (3), porém, o republicano adiou as taxações aos seus vizinhos, após conversas com seus respectivos mandatários. Já no caso dos chineses, Trump diz que deve conversar com o país “nas próximas 24 horas”.

Ao longo de sua campanha eleitoral, o presidente dos EUA afirmou que adotaria uma política comercial rígida para todos os parceiros do país. Inclusive o Brasil entrou na mira do republicano, que diz que irá taxar os países do Brics com tarifas de 100% caso sigam com os planos de substituir o dólar em suas relações.

Especialistas ouvidos pela CNN, por outro lado, afirmam que o Brasil pode tirar vantagem da situação.

“O Brasil pode se beneficiar de duas maneiras. A primeira é suprir as exportações dos EUA para outros países. Exemplo: a China deixa de comprar grãos dos EUA e compra do Brasil. A segunda é suprir importações de outros países para os EUA. Exemplo: os EUA deixam de comprar insumos do México e compram do Brasil”, explica Leandro Consentino, cientista político e professor do Insper.

Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos, ressalta que, uma vez que os EUA podem criar um “dissabor” na sua relação com outros países, o Brasil poderia se aproveitar para se colocar como um país amistoso para negociar.

Lelis reforça o ponto ao relembrar que muitos países estão buscando se fechar e distanciar da globalização, mas que mesmo assim precisariam suprir demandas internas.

“Alguns países e blocos comerciais estão reestruturando suas alianças comerciais, eu vejo isso como uma grande oportunidade para o Brasil. A gente vê uma reconfiguração de toda a cadeia de suprimentos. Se o Brasil fizer o dever de casa e se projetar internacionalmente, pode abarcar um mercado que fica sem fornecedor para uma demanda”, pontua o sócio da Valor Investimentos.

Olhando para o mercado financeiro, Lelis também acredita que as tarifas mais altas nos EUA possam redirecionar alguns investimentos para o Brasil.

Isso porque a política comercial escolhida por Trump pode gerar uma inflação mais resiliente no país, o que fomentaria incertezas em seu mercado e poderia levar o investidor estrangeiro a buscar colocar seu dinheiro em países emergentes.

Mas para o sócio da Valor, o mais claro ganho para o Brasil neste momento é não ter sido pego neste primeiro momento de anúncios. Robson Gonçalves, economista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), reitera o potencial deste cenário caso ele siga.

“A menos que essas tarifas novas não nos atinjam, não atinjam o Mercosul, especificamente, porque nós ainda somos um bloco, e empresas chinesas passem a usar o Brasil como uma plataforma para conseguir acessar o mercado dos Estados Unidos. Essa, sim, seria uma possibilidade. Isso alteraria nossa pauta de exportação e nós passaríamos a ser uma plataforma de acesso em relação aos Estados Unidos”, avalia Gonçalves.

Seja qual for o caminho, Denis Medina, professor da Faculdade do Comércio, aponta que principalmente o agronegócio brasileiro pode sair ganhando, ainda mais se buscar desenvolver uma cadeia de valor agregado.

Brasil tem passaporte mais forte da América Latina

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Marília
nublado
19.3 ° C
19.3 °
19.3 °
98 %
2.8kmh
100 %
ter
26 °
qua
26 °
qui
26 °
sex
30 °
sáb
29 °

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Últimas notícias