Moradores do Lago Inle, localizado na vila de Kaylar, em Mianmar, foram gravemente afetados pelo último terremoto que ocorreu no país, que registrou magnitude 7,7, considerada como “muito forte” na Escala Richter.
Conhecido como um dos pontos turísticos mais populares do país, imagens recentes do Lago e da vila de Kaylar revelaram várias casas destruídas e estruturas submersas. Ye Muint, uma moradora do local, relatou que está preocupada com a família e com a situação:
“Minha casa desabou completamente. Agora estou sem teto. E não recebemos ajuda, nenhuma. Estou muito deprimida, pois a situação está piorando. Estamos passando o dia todo no sol sem ajuda. Estou preocupada que meus filhos possam pegar doenças infecciosas. E também não conseguimos dormir ontem à noite porque choveu e ventou a noite toda”.
O terremoto, que ocorreu por volta do meio-dia, no horário local, do dia 28 de março, deixou 31 mortos e 435 casas destruídas na região, de acordo com a autoridade da vila. Além disso, os 4 mil moradores de Kaylar ainda aguardam resgate a assistência governamental.
Voluntários também têm enfrentado dificuldades para acessar o local devido ao bloqueio de pontes, rodovias e aeroportos, que foram causados pelos tremores e inundações.
As agências de ajuda humanitária alertaram que a combinação de chuvas fora de época e calor extremo pode causar epidemias, inclusive cólera, entre os sobreviventes que estão desabrigados.
O forte terremoto que atingiu Mianmar em 28 de março matou 3.471 pessoas no país, informou a mídia estatal, com 4.671 pessoas feridas e outras 214 ainda desaparecidas.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br