O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou pela primeira vez na segunda-feira (7) que tropas ucranianas estão ativas na região russa de Belgorod, buscando proteger cidades ucranianas próximas à fronteira.
As tropas de Kiev permanecem em partes da região russa vizinha de Kursk oito meses após uma incursão transfronteiriça, embora as forças russas tenham recuperado grande parte do território perdido.
Em um pronunciamento em vídeo, Zelensky declarou que o comandante-chefe ucraniano, Oleksandr Syrskyi, apresentou um relatório “sobre a linha de frente, nossa presença na região de Kursk e nossa presença na região de Belgorod.”
“Continuamos com operações ativas nas áreas fronteiriças do inimigo e isso é absolutamente justificado. A guerra deve retornar para onde veio. Nosso principal objetivo continua o mesmo: proteger nossa terra e nossas comunidades nas regiões de Sumy e Kharkiv dos ocupantes russos.”
Posteriormente, ele se referiu às operações na área realizadas pelo 225º Regimento de Assalto ucraniano e parabenizou a unidade por seu desempenho.
Zelensky reiterou a afirmação de Kiev, mantida há muito tempo, de que, apesar da reconquista russa de áreas de Kursk nas últimas semanas, a operação foi bem-sucedida ao atrair forças russas para longe da principal linha de frente da guerra na região ucraniana de Donetsk.
“Devido a toda a operação em Kursk, conseguimos reduzir a pressão em outros setores da linha de frente, particularmente na região de Donetsk”, disse ele.
O presidente, no mês passado, referiu-se indiretamente a “certos passos” realizados pelo exército ucraniano na Rússia “um pouco abaixo da região de Kursk”, sugerindo implicitamente uma presença na região de Belgorod.
Blogueiros militares russos haviam relatado batalhas na região de Belgorod entre tropas russas e ucranianas.
No domingo (6), a Rússia afirmou que suas tropas haviam tomado a vila de Basivka, na região nordeste de Sumy, na Ucrânia — oposta a Kursk – e estavam atacando forças ucranianas em diferentes localidades.
O presidente russo Vladimir Putin sugeriu repetidamente que as forças russas criassem uma zona de proteção ao longo da fronteira.
Um porta-voz militar ucraniano emitiu uma nova negação na segunda-feira de que Basivka estivesse em mãos russas.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
